terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Resenha | Doctor Who: 12 Doutores 12 Histórias | Por: Jeff Fernandes


Não é qualquer universo que pode receber 12 visitantes tão ilustres e acolher 12 interpretações tão radicalmente diferentes do mesmo herói.

Olá queridos leitores e queridas leitoras, depois de um tempo sem postar aqui no blog por motivos de correria da vida, retorno para falar do meu livro favorito do ano passado: "Doctor Who: 12 Doutores, 12 Histórias".


Sinopse:

Doctor Who é um fenômeno cultural britânico que conquistou o mundo, a série de ficção científica mais antiga da televisão. Para celebrar os 50 anos da série, completados em 2013, 12 dos maiores nomes da literatura fantástica da atualidade homenageiam o personagem com histórias inéditas na coletânea Doctor Who: 12 doutores, 12 histórias.
Em 52 anos de TV, o Doutor foi interpretado por 12 atores diferentes, cada um deles uma encarnação diferente do personagem, com personalidades e trejeitos diferentes. As muitas faces do Doutor e suas jornadas infinitas ofereceram aos criadores da série a liberdade de explorar não só as galáxias e profundezas do tempo, mas também temas que vão do lírico ao terror, numa verdadeira investigação do coração e da mente do ser humano.
É essa mesma liberdade de imaginação que agora vemos nas mãos de 12 dos autores de ficção mais queridos da atualidade, que foram conquistados pelas peripécias do Doutor, alguns desde que eram crianças, e que agora compartilham com os fãs dele e seus próprios leitores 12 visões muito particulares do personagem mais cativante deste lado da galáxia.



Ficha Técnica:


Título: Doctor Who: 12 Doutores, 12 Histórias
Autor: Vários
Páginas: 480
Ano: 2014
Editora: Rocco (sob o selo "Fantástica")
Minha avaliação: 



Antes de ser lançado em uma coletânea única de 12 histórias, os contos deste livro foram lançados mensalmente no formato ebook, todo dia 23, durante o período que antecedeu o aniversário de 50 anos da série.

Cada conto apresenta uma forma de escrita diferente, e podemos perceber como diversos autores aplicaram seu estilo na personalidade de cada uma das encarnações do Doutor e seu respectivo companion.

No livro há vários estilos literários: humor, aventura, romance, terror, fantasia, com a ficção científica unindo todos eles.

Os contos trazem antigos inimigos, alguns do mesmo jeito de sempre, como o Master e a Rani, ou de forma totalmente inédita, como uma raça inteira de Daleks bonzinhos que eu particularmente adorei ver (como isso é possível? Leia e saberá), tenho certa admiração pelos Daleks; e vários novos que caberiam muito bem na série de TV.

Apresentam também companions clássicos que estão na lista de favoritos de todo fã de Doctor Who: sua neta Susan, o escocês Jamie, Jo, a amazona selvagem Leela, Nyssa, Peri, Martha, Amy, e Ace badass que mata um Dalek com um taco de basebol, que por acaso é minha favorita.

Tendo como cenários dos mais diferentes possíveis, desde a Londres vitoriana, passando por um planeta distante ocupado por antigos deuses, uma aldeia viking, um mundo alienígena longe da Terra, a antiga Babilônia, e uma estação espacial de torra de café entre outros tantos, os contos nos levam para todo o canto do espaço-tempo, desde antes do Big Bang até eras no futuro.


Segue a lista de contos, com seus respectivos autores, e minha nota para cada um deles (caso queira conhecer um pouco mais sobre cada autor clique sobre seu nome para ter acesso ao seu site oficial):

O Primeiro Doutor: Uma Mãozinha Para o Doutor – Eoin Colfer 

O Segundo Doutor: A Cidade Sem Nome – Michael Scott 

O Terceiro Doutor: A Lança do Destino – Marcus Sedgwick 

O Quarto Doutor: As Raízes do Mal – Philip Reeve 

O Quinto Doutor: Na Ponta da Língua – Patrick Ness 

O Sexto Doutor: Algo Emprestado – Richelle Mead 

O Sétimo Doutor: O Efeito de Propagação – Malorie Blackman 

O Oitavo Doutor: Esporo – Alex Scarrow 

O Nono Doutor: A Besta de Babilônia – Charlie Higson 

O Décimo Doutor: O Mistério da Cabana – Derek Landy 

O Décimo Primeiro Doutor: Hora Nenhuma – Neil Gaiman 

O Décimo Segundo Doutor: Luzes Apagadas – Holly Black 



Algumas coisas que achei mais interessantes sobre alguns dos contos:

No conto do Primeiro Doutor: “Uma Mãozinha Para o Doutor”, que tem uma atmosfera muito parecida com o mundo de Peter Pan, o autor faz uma homenagem muito bonita a J. M. Barrie, criador de Peter Pan.

O conto do Quinto Doutor, "Na Ponta da Língua", se passa nos EUA durante a II Guerra Mundial, temos vislumbres do que a guerra causou na sociedade americana, principalmente aos menos favorecidos.

“A Besta de Babilônia”, conto do 9º Doutor, se passa naqueles mínimos segundos (pelo menos do nosso ponto de vista) em que o Doutor vai e volta logo antes de a Rose aceitar ir com ele viajar no primeiro episódio do new who. Nesse conto ele têm uma companion alien e é ela que dá a ideia para ele dizer à Rose que a TARDIS também viaja no tempo, o que a faz aceitar seu convite.

A melhor história do livro para mim é a do Décimo, “O Mistério da Cabana”. Nela Martha e 10º Doutor se aventuram por dezenas de universos de livros diferentes, Harry Potter, Rapunzel, Drácula, e até aquela cena do Edward brilhando da série Crepúsculo (ri alto nessa parte do conto) são só alguns exemplos dos universos literários visitados pelo Doutor e Martha.

Não tenho o que reclamar de nenhuma história, apesar de algumas terem me emocionado e me divertido mais que outras, gosto de todas. Qualquer uma delas daria um episódio fantástico, aliás, essa é a sensação que tive enquanto lia: de estar assistindo a um episódio.

Vale destacar também o incrível trabalho gráfico e de diagramação feito no livro, com capa de um lindo azul-TARDIS mais dura que o normal, e ilustrações das silhuetas dos Doutores nos contos, é muito lindo.


Então é isso. Conhecem Doctor Who? Já leram esse incrível livro? Abraços e até mais.

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