quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Fim da Editora Ática

Oi, gente!

Hoje venho falar de uma editora que fez parte da vida de muitas pessoas, principalmente para aqueles que eram adolescentes nas décadas de 1970, 1980 e 1990, e tiveram seu primeiro contato com a literatura através dos livros da coleção Vaga-Lume.


Uma notícia triste surpreendeu muita gente essa semana: a editora Ática anunciou que irá fechar as suas portas. Em meio às comemorações de 50 anos da editora, que assim como a Scipione, pertence ao grupo Somos Educação (ex-Abril Educação), e o empenho na reformulação da coleção, o departamento editorial da Ática foi informado do fechamento da editora na última sexta-feira, dia 2 de outubro.

A coleção Vaga-Lume foi lançada em 1970, e chegou a ter por volta de 100 títulos em catálogo. A coleção revolucionou a literatura infanto-juvenil e a escrita para os adolescentes. No momento são aproximadamente 75 títulos para leitores entre 11 e 14 anos, além de 20 com o selo Vaga-Lume Jr., para a faixa etária dos 10 aos 11 anos.



Segundo o editor Fernando Paixão: “Os tempos mudaram e, com o passar dos anos, ela se tornou uma coleção simples, tradicional. Não sei se ela corresponde ao modelo de sensibilidade do jovem de hoje.” Por essa razão a editora havia investido na reformulação do projeto gráfico, fazendo novas capas, com desenhos originais, e que também chamariam atenção por brilharem no escuro. A mascote da coleção, que já vestiu calça boca de sino, colete e boina, também estaria diferente, usando calça verde, camiseta preta e boné.

O grupo Somos Educação esclareceu que não pretende encerrar suas atividades no segmento de literatura e paradidáticos.  Eles afirmaram que ”o objetivo é promover a fusão das equipes editoriais de paradidáticos, didáticos e sistemas de ensino”. A Somos Educação comprou em junho deste ano a área de didáticos da Saraiva, e se tudo der certo, só com o Plano Nacional do Livro Didático 2016, elas devem faturar R$ 326 milhões.

O que nos resta agora é esperar para saber se tanto a coleção quanto o catálogo de livros infanto-juvenil irá permanecer ou não. Pois segundo a equipe demitida, não deve haver novos investimentos em livros desta categoria. Uma pena para o mercado editorial brasileiro, que perde uma das mais icônicas coleções de livros já lançadas na história.

Beijos e boas leituras!


Fonte: Estadão / Trabalho Sujo

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